Páginas

terça-feira, 15 de julho de 2008

Destino?


Não digam que o destino não existe… É uma valente mentira…
Se eu quero fazer determinada coisa e tenho todas as capacidades para tal, o que é que me impede de concretizar? Raios partam a quantidade de pressões e subpressões, e ondas curtas e ondas médias, e o diabo a quatro, que até a não sei quantas centenas de quilómetros de casa me atormentam! Porque é que há tanta coisa à minha volta que inibe a minha capacidade científica e desmaia a minha motivação para a acção?
Alguém me tire esta dor de cabeça…

sábado, 12 de julho de 2008

A colcha das flores cor-de-rosa

Na casa de todas as avós há, em regra, uma colcha com flores cor-de-rosa.
A colcha das flores cor-de-rosa é muito fresca, com tons de verde fugido pelo meio, um fundo branco e uns folhos a cair pelos lados.
A colcha das flores cor-de-rosa faz parte de uma síndrome mais complexa dos quartos de antigamente. Além da colcha das flores cor-de-rosa há a mesa com a camilha colocada num canto do quarto onde as fotografias a preto e branco dos filhos e a cores dos netos, em molduras mais ou menos rebuscadas, sobressaem do seu tampo; por cima da janela está uma sanefa, forrada com o mesmo tecido da colcha – flores cor-de-rosa – e dela caem os cortinados brancos lisos e os pendentes com o mesmo tecido da colcha – flores cor-de-rosa. As mesas de cabeceira têm cada uma a fotografia de um dos avós: no lado onde a avó se deita está a fotografia do avô e no lado onde o avô se deita está a fotografia da avó; ambas a preto e branco, quais actores de cinema dos anos 50.
A completar todo este manancial, a minha imaginação só consegue fazê-lo lembrando uma bonita mobília em pau-preto, cheia de torniquetes e pormenores.
Apesar de tudo, aquilo que mais marca nesta tela são as flores cor-de-rosa – qual jardim do Éden em plena Primavera!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Política (há muito tempo atrás...)

"Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão."
Eça de Queirós
__________________________________

Não acham que está actual?

Loucura


Quem me dera ter só mais um fio de cabelo. Assim bastava arrancá-lo e a dor era só uma, aguda, única, impossível de repetir porque acabavam as hipóteses de arrancar mais um cabelo que fosse.
Assim, tudo é diferente, e farto-me de arrancar cabelos a cada momento malfadado, a cada ocasião menos convergente! Talvez eu próprio tenha uma visão obtusa da realidade e considere que a minha existência deveria ser mais perfeita do que aquilo que é.
O mundo como o vejo é consideravelmente diferente ao mundo visto por qualquer outra pessoa; mas a minha irritação com as pessoas do mundo vai fazer de mim careca, enquanto outros continuarão com um cabelo bem farto!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Vazio!


Pensamento vazio, coração vazio, copo vazio, maço vazio… tudo vazio…
Uma cor que não se vê e um cheiro que não se sente…
Na minha cabeça há um tormento que me enlouquece ao barulho de uns passos quaisquer no fundo do corredor… E está tudo tão vazio, como se não houvesse portas, nem janelas, nem paredes, nem emoções, nem sensações… Um nada que se descreve quase como a morte que nunca ninguém viu!
E os meus entes que já foram, e os que ficam, eu sei lá…
Na loucura de um pensamento vazio não pode haver loucura nenhuma; mas é por estar vazio que estou louco.
Quero prestar-me a qualquer coisa que me traga lucidez; e não sei o quê!
Alguém que volte para ao pé de mim, que me tire desta loucura e que me encha o pensamento, o coração, o copo e o maço!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O Sono




Matei-o com café!
Pensei eu que sim… Mas afinal, umas horas depois, ele estava de volta…
Voltei a usar a arma e parece que já não resulta…
Hoje vou-me deixar vencer mais cedo e fazer o que ele quer… Vou deitar-me e fechar os olhos em sono profundo…

domingo, 6 de julho de 2008

Regresso às Origens?

Ao longo dos últimos meses tenho dedicado a minha vida ao estudo! De resto, julgo que é o que vou fazer o resto dos meus dias se quiser ser um bom profissional! Em todo o caso, este é um estudo diferente: em Novembro acontece a Prova Nacional de Seriação, em que os candidatos são seriados com base na nota para a escolha da especialidade. Ou seja, aquilo que irei estudar para o resto dos meus dias será decidido pela nota desse exame, nota essa que depende daquilo que eu estudar agora! Confuso? Nem por isso! Resume-se numa expressão: estou sob um stress do caraças!
Mais a mais, nunca na minha vida cingi as minhas acções por objectivos parcos e sem grande relevo; sempre pautei o meu rumo por etapas de grande tirada – e desta vez não queria que fosse uma excepção! Quero com isto dizer que, por gozo pessoal e objectivo de especialidade pré-determinado, gostava de ter uma nota que me deixasse satisfeito! O estudo que fizer e a sorte que me apanhar toldarão essa nota!
Novo factor: a sorte! Sem dúvida que nada se faz sem sorte, sem uma mão que aparece sabe-se lá de onde e que nos (des)ajuda em determinada tarefa – no exame não será diferente!
Agora que a licenciatura está terminada e que os meus dias não têm grandes obrigações resta-me dedicar a esta causa, sem contudo deixar que a minha vida seja dominada por ela para bem da minha sanidade mental. Mas precisava de fugir e viver uns dias só com o livro… Lógico que não podia ficar sem Internet, nem que seja para continuar a escrever neste meu blog e fazer destes minutos o meu acontecimento social do dia!
Vim para longe, para a terra das origens de parte da minha família… Vim passar por sítios onde há 50 anos os meus avós se conheceram… Estou na terra onde a minha mãe nasceu… Que relação terá isso com a paz de espírito que este local me transmite?
Sinto-me bem aqui! O tempo, apesar de beirão, parece alentejano e corre devagar! Os dias estão cheios de qualquer coisa diferente que não há em Lisboa; e neste lugar sinto-me bem! Rio sem pudor quando uma senhora mais velha, mesmo que tenho andado comigo ao colo, me trata por doutor… É verdade que acabei o curso, mas não me sinto doutor; mas aqui na terra a mentalidade é diferente da das grandes cidades, e “se o neto do Sr. Correia acabou Medicina então é doutor e pronto!” – nada os fará mudar de opinião! Mas vim estudar para ser realmente doutor… E é isso que tenho feito todos os dias!

sábado, 5 de julho de 2008

Por aí...


Estou por aí… Queria estar mais presente mas não consigo… Só consigo estar mesmo por aí…
Um calhamaço atrás de mim… Português, Inglês e Medicina!
Em Novembro tenho o exame da Ordem e até lá estou por aí, mas não desapareci!
Não desapareçam vocês também!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Orgulho…


Fenómeno curioso… Terminei o curso e estou feliz!
Quis curtir em grande cada momento e cada sabor pequenino da sensação espectacular de terminar a minha licenciatura… Terminei Medicina! De repente, em cada telefonema, viro o orgulho da família, o mais-que-tudo da namorada, mereço um abraço forte dos amigos, algumas ofertas, um jantar… Por cada segundo desse dia vivo 6 anos de formação…
E no dia seguinte? No dia seguinte o dia é igual a todos os outros: a Prova Nacional de Seriação espera por mim em Novembro e eu continuo a estudar como todos os dias…

terça-feira, 6 de maio de 2008

Fumo branco... ou fumo negro?


E assim se decidiu! A edição adoptada para a Prova Nacional de Seriação é a 17.ª! Agora é estudar... Entretanto vamos lá ver se sabemos a data do exame! :S

domingo, 4 de maio de 2008

Há mais Mundo para além da Medicina?


Escrever sobre qualquer coisa não é tarefa fácil…
No amadorismo que envolve esta minha experiência julgo fazer aquilo que sei da melhor maneira possível, pese embora o facto de muitas vezes a minha melhor maneira ser classificada pela negativa!
Por esse motivo, muitas vezes, adopto a defesa de me ausentar do meu próprio blog durante algum tempo, como se o deixasse desfalecer para depois aparecer com uma nova pujança!
Em todo o caso, essa sensação de não-aptidão temporária para a escrita tem um motivo bem palpável, e é sobre ele que me proponho falar!

Costumo dizer que ser estudante de Medicina não é nem mais fácil nem mais difícil do que ser estudante de outro curso qualquer! Todos os cursos superiores, cada um nas suas vertentes, têm componentes mais acessíveis e outras menos acessíveis; sendo que essa acessibilidade se relaciona em larga escala com o indivíduo em si e a sua capacidade de trabalho e reacção. Contudo, ser estudante de Medicina é estudar matérias com densidades pesadas – e aqui consigo afirmar que Medicina é um dos cursos mais trabalhosos que conheço.
Longe de mim querer lamuriar-me pelo curso que escolhi – ainda para mais agora, que estou a pouco mais de 2 meses de o concluir. Longe de mim querer que tenham pena de mim porque optei por Medicina em detrimento de Economia ou de Engenharia Química (é verdade, nunca fui muito certo nas horas e as minhas opções eram muito vastas e díspares).
Este conjunto de frases não pretende ser mais do que um desabafo global da minha situação actual e do real desleixo da nossa sociedade, em particular do Estado português, para com os estudantes de Medicina.
Na Educação Médica, como de resto numa série de outros sectores do Ensino Superior em Portugal, há uma falha muito grande de comunicação/informação das entidades decisoras para com os alunos. No fundo, como já tive oportunidade de afirmar neste blog, os estudantes são a razão de ser de qualquer instituição de Ensino e é para eles que se deve centrar a acção e o pensamento dos outros envolventes no processo educativo, ou se preferirem, no processo de ensino-aprendizagem. Foi sempre este o meu lema enquanto agente representativo dos meus pares.
Presentemente, neste ano de 2008, passamos por um processo caricato – Portugal tem hoje 7 faculdades/escolas médicas com alunos que terminam a sua formação médica pré-graduada, que teve início em 2002, mas disparidades e contra-sensos não faltam para serem apreciados:
1. Das 7 faculdades/escolas médicas alguns alunos sairão licenciados, outros mestrados, outros com opção por um ou outro grau académico dependendo da realização de um trabalho/dissertação – bem, no fundo o que quero transmitir é a disparidade de critérios, mais a mais quando à partida todos seremos médicos com o mesmo número de anos de formação, todos concorremos a este jogo conhecendo as regras, e a meio do jogo as regras foram alteradas para uns e mantidas para outros – Bolonha podia ter vindo de forma uniforme, ou não podia? Por outro lado questiono-me das implicações práticas de se ser, em 2008, licenciado em Medicina ou portador do grau de mestre em Medicina…
2. Por outro lado, velha é a discussão da realização de um Exame Final de 6.º ano (ou da realização de provas práticas/teóricas ao longo do 6.º ano) que, no entender da maioria, pretende ser um ano de participação num Estágio Clínico eminentemente prático, de aplicação de conhecimentos e consolidação de matérias – umas faculdades/escolas médicas têm direito à não realização de tais provas, outras têm direito à sua realização. Não se trata de apelar ao facilitismo, nem tão pouco à quase “passagem administrativa”, mas antes apelar à uniformização de critérios tendo por base os mais altos padrões internacionais de Educação Médica e aquela que é a experiência nacional na formação de jovens médicos. Questiono a utilidade de tal exame…
3. A Prova Nacional de Seriação (vulgo, Exame de Acesso à Especialidade) irá acontecer este ano nos velhos moldes a que nos habituámos: questões de escolha múltipla baseadas no célebre tratado Harrison’s – Principles of Internal Medicine. O ano passado, a prova realizou-se a 29 de Novembro com publicação da data da prova em Diário da República a 15 de Outubro – este ano não queremos o mesmo. Bem sabemos que a lei não obriga à publicação da data com antecedência de meses, mas dizem as regras de bom-senso que o estudo para um exame com as características do descrito exige tempo, dedicação, ponderação e paz de espírito; sendo que a afirmação de que o exame se realizará no último trimestre do ano não é 100% tranquilizadora (de 1 de Outubro a 31 de Dezembro é muito tempo). Mais: com a saída da nova edição do tratado este ano, corre a indefinição de qual será a edição adoptada para exame – as diferenças entre elas são substanciais, e a própria editora McGraw-Hill afirma que esta nova edição é a edição com mais alterações de sempre. A maioria dos alunos já iniciou o seu estudo há alguns meses pela anterior edição – em que patamar ficamos? Para quando uma explicação global de critérios e modos de acção?
Outra pergunta pertinente e bem mais lata, seria questionar a real utilidade deste exame… Não haverá outra forma de seriar os candidatos às especialidades, imprimindo a mesma forma uma ordem de escolha? Não será este exame uma negação por parte do Estado e da Ordem dos Médicos à qualidade da formação nas nossas faculdades/escolas médicas?

Muito mais haveria para dissertar sobre Educação Médica. As questões são inúmeras, as incertezas uma constante.
Pese embora tudo isto, há da parte de quem estuda, a real vontade de estudar e de ser bom médico.
Pretendo apenas ter apelado ao bom-senso, e com todos estes anseios justificar a minha ausência do meu próprio blog.
No fundo: há sempre mais Mundo para além da Medicina!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Daniel


Sempre que regressas há uma felicidade latente, sempre que partes a sensação é semelhante à primeira vez que te foste embora.
Temos quatro anos de diferença mas muita coisa em comum: a começar pela família, pelo apelido e pela casa! Somos irmãos e conheço-te desde sempre!
Não posso negar que tenho um orgulho escondido em teres entrado no mesmo curso que eu, e não posso deixar de acreditar que tive uma ponta de influência nisso. No final deste ano sou médico, daqui a uns anos tu também serás.
Não posso negar que te invejei quando soube que ias estudar para o estrangeiro, libertares-te das amarras da família muito mais cedo que eu, mas bem sei que a tristeza de estar longe de quem se gosta, em nós que somos pessoas agarradas ao que temos, custa muito e sabe a amargo! No fundo toda a magia que se possa fazer em torno disso tem uma ponta de ilusão, mas sempre vais recarregando baterias quando voltas a casa e encontras a família e os amigos.
Todos por aqui, todos os dias, nos lembramos de ti! Não há ninguém que não te elogie, que não fale de ti com orgulho e que não tenha saudades tuas! Mas mais que isso, todos nós acreditamos em ti e confiamos na tua capacidade de gerires a tua vida longe de nós e com o nosso apoio!
Sempre vão dizendo que somos parecidos, mas eu acho não! Somos irmãos mas somos muito diferentes. Acredito que não seria capaz de passar pela experiência que tu neste momento tens com a força com que a estás a viver. Cada vez que agora olho para ti, sempre que vens até casa, olho para ti com aquela sensação de orgulho especial.
Puto, que tenhas toda a sorte do mundo! Irei concerteza visitar-te algumas vezes – até porque acho que esta distância de tantos quilómetros nos aproximou de outra forma!
Ah… e nunca te esqueças que quando voltares de vez há uma Clíncia Correia Azevedo para abrir! ;)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Acontece que queria ter tempo…


Acontece que queria ter tempo para escrever, e penso no que quero escrever sem escrever em escrita corrente.
Acontece que queria ter tempo para pensar, e não penso em metade do que quero pensar porque penso demais na outra metade.
Acontece que queria ter tempo de correr para os teus braços, e penso que isso não se faz nem de tempo nem de pensamento, mas é intemporal e às vezes psicótico.
Acontece que queria ter tempo para estar com todos vocês, e penso tantas vezes como gerir todo esse tempo para o conseguir, e não consigo.

Não sei se o defeito é meu ou do tempo. Acho que ainda não assimilei de todo algumas mudanças pelas quais as fases da vida nos obrigam a passar.

Longe o poeta dizia,

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o Ser, muda-se a confiança
Todo o Mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades”

E que qualidades adquiri eu? Que vontades novas tenho?
Só quero ter tempo: o tempo que sempre tive e que sempre consegui gerir! Eu era o às do tempo! Driblava com o tempo nas minhas mãos… e fazia o que queria… cheirava o tempo… tocava o tempo… os ponteiros do relógio era eu que os fazia…
Ou então não!... Se calhar eu é que não ocupava tanto tempo com aquilo que do tempo corria.
Sei lá! Só queria mesmo era ter tempo de olhar nos teus olhos, de rir com todos vocês, de sorrir a que merece, e de escrever… Escrever muito… Sobre aquilo que ao tempo o tempo me deixasse escrever!

A minha vida não é assim tão má, o problema é que não tenho tempo! Quer dizer: tenho tempo para fazer alguma coisa, não faço é tudo o que quero. Será que quero fazer coisas a mais?
Mas eu não sei estar parado e deixar-me ver os outros mexer… Não, não é isso: não quero ser mais ou melhor que os outros – só quero perpetuar a minha dinâmica… Mas depois acabo por me dispersar.

E depois aquela maldita coisa electrónica onde metodicamente tento encaixar, em horas certas e cheias de tudo, aquilo que tenho para fazer! E não faço tudo. Quer dizer: faço algumas coisas – outras deixo a meio, outras invento que faço e outras não faço de todo. Mas não é por mal! Eu até gosto do que faço, e até do que acabo por não fazer!

De tempo se faz ao tempo aquilo que do tempo depende. No fundo, tudo depende do tempo e todos dependemos dele.

É tempo de terminar!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Política Simples


Nunca se depararam com a dificuldade que às vezes temos em definir acções que nós próprios praticamos?
Não que eu faça as coisas por mero automatismo, sei o que faço, quando faço e porque faço, mas às vezes é difícil definir academicamente algumas acções.
Eu que gosto tanto da actividade política, e que a pratico, poderia dissertar mil horas sobre o que se faz, o que se deixa de fazer, quais as minhas ideias e no fundo, academicamente, é-me muito difícil definir o que é a actividade política - derivado ao manancial de coisas diferentes que se podem fazer e à rápida passagem do simples ao complexo!
É... A actividade política tem coisas muito simples mesmo... Coisas tão simples como acções de rua!
Hoje mesmo, na Costa de Caparica, a JSD esteve com o seu camião em mais uma acção de rua da Campanha de Verão! Música, boa disposição, brindes, uma imagem que paira no ar e uma sigla que se fixa: JSD! Duas coisas acontecem:
1. passa a mensagem de que a JSD está presente, na rua, junto do portugueses, de olhos bem abertos aos problemas dos sítios pelos quais vai passando
2. existe um contacto mais próximo entre as estruturas políticas e a população, promovendo a redução da distância entre partidos (juventudes partidárias, neste caso) e cidadãos anónimos
No fim de contas acaba por se fazer política assim, de uma forma simples e assim se continua a "Puxar por Portugal"!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Crescer...


As fases pelas quais vamos passando ao longo da nossa vida, fortalecem a nossa personalidade e enrrijecem os momentos de ócio que disfrutamos com aqueles de que mais gostamos.

A sociedade em que vivemos, somada à idade que não pára de avançar, são um freio entediante da nossa capacidade de descontrair. Cabe à nossa supercapacidade de abstracção ser o motor de arranque em sentido contrário que a bateria da nossa vontade não deixa ir abaixo!O riso e um cigarro são a combustão desses momentos.

Equilibrar a responsabilidade dos nossos actos com a boa disposição formalmente informal, é uma sabedoria cheia de dificuldade, que muito poucos conseguem alcançar. Ter mais de 1 valores no exame das cores do dia é uma proeza de que poucos se podem gabar!

O erro dos mais velhos encontra-se no progressivo isolamento social, que se traduz na incapacidade de ser capaz de repetir o prazeiroso, o divertido e mesmo o relaxante.

A saúda dos seres humanos não passa só pelas sucessivas visitas ao médico para uma análise sistemática de parâmetros físicos associada ao renovar de prescrição - a saúde também se constrói no renovar do bem-esar do momento.

Projectos sérios e metas irrealistas são objectivos que todos devemos ter! Só assim se torna possível gerar motivação bastante para produzir qualquer coisa que, embora áquem os objectivos previamente estabelecidos, nos enche de qualquer coisa a que chamamos orgulho, felicidade ou alívio - dependendo da vivência por que passamos.

No fundo, todos buscamos a felicidade, e por mais intelectuais ou obcecados com a realidade palpável, os horários e a progressão da carreira, todos queremos tender para um equilíbrio vital que nos torne úteis na utilidade e na futilidade. Contrabalançar a organização com a desorganização é o ponto de partida de uma reflexão interior que urge ser feita.

Reduzir a nossa existência a compromissos tabelados cheios de importância e vazios em jovialidade é a falácia sobre a qual muitos de nós é levado a viver.

Crescer é, no fim de contas, aprender a prepetuar a juventude despreocupada somando-lhe ma indumentária mais formal e um riso mais contido - respeitar e ser respeitado são acréscimos a essa capacidade.

"Não pares nunca de me abrir os olhos... Nunca saias do meu lado!"

Liderança

Existem dois momentos em que vivemos crises de identidade:
- na adolescência (e em)
- situações-limite

No fundo, acontece que na adolescência construímos a personalidade que podemos, sempre de lápis e borracha em punho, prontos a ser alvo de mais uma influência que nos faz repensar a cristalização das nossas atitudes. Nas situações-limite aprendemos de novo a viver, renovados pela falta que nos faz aquilo que deixámos de ter ou de poder fazer. Sempre que sofremos um desaire, qualquer que seja o nível a que ele ocorra, repensamos e revivemos todas as nossas acções, normalmente preenchidos pelo desejo de as alterar, na ilusão de que assim poderíamos alterar o passado.
Com as instituições, e porque elas são feitas por pessoas, e é das pessoas que elas vivem, as águas não correm de maneira diferente – embora o fundamento seja distinto.
Ser social-democrata pode e deve ser um lema de vida a que os militantes se devem agarrar.
Ser social-democrata é ter a capacidade de aceitar e defender princípios que são nossos e que se traduzem em propostas e em modos de acção.
Mas tudo isto só faz sentido em torno de uma liderança que se quer forte, presente e até certo ponto, idolatrável.
A figura de alguém com quem nos identifiquemos, que tenha a pujança de ser identificado como a cara do partido, e que tenha a capacidade de transmitir os princípios fundamentais da social-democracia sob a forma de acções que se querem credíveis e sustentadas. Só assim prevenimos as crises de identidade e de desaire interno que podem levar o PSD a situações-limite.
No partido, como na JSD, como nos TSD e em outras estruturas sociais-democratas queremos alguém à volta de quem nos sintamos bem quando sobre ele estamos reunidos.
A escolha que faremos no próximo dia 28 de Setembro é uma escolha para o futuro.. 2009 é a única meta possível e o futuro presidente do PSD só pode ser o futuro candidato a Primeiro-Ministro.
Hoje, Portugal vive uma situação governamental insustentável, plena de atitudes que não dignificam o país nem os portugueses.
Os três pilares fundamentais do Estado passaram (ou estão a passar) por reformas que enfraquecem a qualidade dos serviços e descredibilizam o Estado aos olhos do contribuinte – falo da Educação, da Justiça e da Saúde.
Somado a isso, o Governo assumiu nos últimos tempos uma atitude PIDEsca e um desrespeito completo por áreas urbanas e rurais, em particular ao sul do Tejo.
Presentemente, enquanto escrevo, temos o Primeiro-Ministro preocupado com a Presidência da União Europeia, esquecendo por completo a real dimensão dos problemas do nosso país – Portugal também é Europa, mas pode e deve ser muito mais que isso.
O PSD deve pensar Portugal, mas só o conseguirá depois de se organizar internamente! O combate político urge, e os portugueses precisam de ser informados da verdade!
Sejamos uma oposição forte e responsável agora para sermos Governo em 2009! Mereçamos e façamos por mostrar que merecemos o Governo de Portugal!
A história e os números estão aí para não nos deixar mentir – Portugal teve os maiores índices de progresso com os governos de que o PSD fez parte – como foi no passado, assim há-de ser a partir de 2009.
Com confiança e com determinação o PSD é a alternativa certa!
No próximo dia 28 de Setembro de 2007 vote em consciência e escolha o próximo presidente do Partido Social Democrata.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Não posso!


O despertador tocou…
Acordei, saí da cama, arranjei-me…
Tomei o pequeno-almoço de sempre: um copo de leite e uma sandes de queijo. Vesti o casaco, despedi-me dos meus pais e saí de casa. Bati a porta, chamei o elevador e desci com ele. Saí do prédio, entrei no meu carro e dirigi até à faculdade! O trânsito da ponte, o stress à procura de um lugar…
Estacionei o carro bem longe e cheguei atrasado às aulas!
Mais uma história clínica, mais uma discussão diagnóstica… Mais um esquema, sempre igual, daquilo que chamam ensino!
Almocei com os de sempre, a companhia de sempre… Voltei à faculdade, esperei por ti, e no fim… No fim fui eu que não pude ir ter contigo!
Mais um pedido, mais uma chamada, uma mensagem… E mais qualquer coisa que apareceu para me ocupar…
Logo à noite? Também eu queria, mas também não posso…
Sei lá se me sinto frustrado! Queria estar contigo e pronto! Bem sei que amanhã nos vamos ver, mas eu queria hoje! Agora! Porquê? Não sei… Fazes-me bem!

sábado, 10 de março de 2007

Beijo


Hoje quis ser diferente, quis olhar o mundo com um novo olhar, como se me tivessem transplantado os olhos e lavado a alma!

Há momentos nas nossas vidas que são situações-limite, pela positiva e pela negativa. E por limitarem situações, a nossa vida muda - afinal são acontecimentos de vida que acontecem na própria vida e lhe toldam a forma! Mas também há momentos de puro ócio, ou estupidez superficial, daqueles de que nos rimos sem saber muito bem porque o fazemos.

Tomem como exemplo o beijo, esse acto social, apaixonado, sinónimo daquilo que de mais natural pode ter um ser humano. O beijo de ternura, o beijo de amizade, o beijo de descoberta, o beijo sem sentido, o beijo que quisémos dar, o beijo apaixonado e o beijo porque quis amar! Um beijo, dois beijos, três beijos! O beijo leviano e o beijo sentido! O beijo porque sim e o beijo porque quero e porque gosto!

Que beijo? Quem significado tem para mim e que beijo quero dar?

Só sei que te beijei e estou feliz, porque afinal há momentos em que o beijo nos aparece como o primeiro de todos; porque há alturas em que sabe de maneira diferente, sabe a novo!

Mas o beijo é só um beijo ou é mais que isso?

Podem perguntar porque razão até o beijo quero racionalizar... Mas no fundo não racionalizei nada, não pude, não quis e não tinha sentido tirar conclusões! Enquanto assim for, só é porque o queremos!

Um beijo por agora, outro beijo daqui a nada, outro ainda, e outro, e outro...

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

(A)partidário


[Quem me conhece tem-se questionado sobre o porquê de ainda não ter sido publicado um texto eminentemente político! Para satisfazer esses desejos, e porque gosto de reflectir sobre esses temas, aqui vai um texto publicado há não muito tempo no Blog da JSD Almada.]


“O conceito de Política é uma noção cada vez mais negativa na mente dos jovens portugueses. A fraca confiança nas opiniões e ideais dos políticos cresce em frequência e descredibiliza a classe”.
A opinião expressa anteriormente não é estranha à sociedade civil… Pessoalmente, considero desvirtuada esta análise e adopto uma posição diferente: os jovens não são sensibilizados para a política! Creio numa visão optimista das classes mais jovens, pelo potencial que transportam. Se não existe uma efectiva ligação das faixas etárias mais jovens à política é porque o sistema não a promove e os distancia pela linguagem, pela imagem e pela postura.
Está nas mãos das juventudes partidárias parte da Educação para a Cidadania, e como tal, a aproximação dos jovens aos problemas da sociedade e aos centros de decisão.
Fazer política poderá ser simples e não se cinge apenas às discussões de défices, nomeações ou ideias estratégicos. A simples expressão de opinião sobre o estado das coisas é a política inocente que se deve começar por pedir aos mais novos, valorizando os seus interesses e opiniões. As associações informais de cidadãos e as juventudes partidárias são as sedes próprias para esta desvirginação!
A par desta realidade, urgem também outras duas áreas de acção: a promoção do convívio saudável (recreativo, desportivo e cultural) e a formação pura em vários temas para os quais interessa educar pela importância de discussão com vista à decisão no país que temos.
A política pode assim abranger temas diferentes que convergem em conceitos comuns.
Não podemos pecar pela desinformação dos nossos jovens, mas antes primar pelo seu conhecimento da real dimensão dos temas e dos problemas, aumentando índices de positivismo e optimismo, que dão o à-vontade necessário para a expressão de opiniões em respeito mútuo pelas diferenças e ideais construídos.

Há dias em que à noite, não valeu a pena levantarmo-nos de manhã!


Epah... Arranjem-me uma almofada, tirem-me estas dores de costas, ressuscitem o fim-de-semana...