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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sunscreen


"Ladies and Gentlemen of the class of ’97:
Wear Sunscreen. If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be it. The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience… I will dispense this advice, now.


Enjoy the power and beauty of your youth; oh nevermind; you will not understand the power and beauty of your youth until they've faded. But trust me, in 20 years you’ll look back at photos of yourself, and recall in a way you can’t grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked…. You are not as fat as you imagine.


Don’t worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.


Do one thing everyday that scares you.


Sing.


Don’t be reckless with other people’s hearts, don’t put up with people who are reckless with yours.


Floss.


Don’t waste your time on jealousy; sometimes you’re ahead, sometimes you’re behind; the race is long, and in the end, it’s only with yourself.


Remember the compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.


Keep your old love letters, throw away your old bank statements.


Stretch.


Don’t feel guilty if you don’t know what you want to do with your life… the most interesting people I know didn’t know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don’t.


Get plenty of calcium.


Be kind to your knees, you’ll miss them when they’re gone.


Maybe you’ll marry, maybe you won’t, maybe you’ll have children, maybe you won’t, maybe you’ll divorce at 40, maybe you’ll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary… what ever you do, don’t congratulate yourself too much or berate yourself either – your choices are half chance, so are everybody else’s. Enjoy your body, use it every way you can, don’t be afraid of it, or what other people think of it, it’s the greatest instrument you’ll ever own...


Dance… even if you have nowhere to do it but in your own living room.


Read the directions, even if you don’t follow them.


Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.


Brother and sister together we'll make it through, someday a spirit would take you and guide you there, I know you've been hurting but I've been waiting to be there for you, and I'll be there just helping you out, whenever I can.


Get to know your parents, you never know when they’ll be gone for good.


Be nice to your siblings, they're your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.


Understand that friends come and go, but with a precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.


Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.


Travel.

Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old and when you do you’ll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.


Respect your elders.


Don’t expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.


Don’t mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.


Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it’s worth.


But trust me on the sunscreen…


Brother and sister together we'll make it through, someday a spirit would take you and guide you there, I know you've been hurting but I've been waiting to be there for you, and I'll be there just helping you out, whenever I can."

domingo, 12 de outubro de 2008

Sessão Inaugural do Estágio Clínico - Ano Lectivo 2008/2009


Discurso proferido na Sessão Inaugural do Estágio Clínico da FML, no dia 10 de Outubro de 2008:



Exmo. Sr. Presidente do Conselho Científico da FML - Prof. Doutor H. Bicha-Castelo,
Exmo. Sr. Coordenador do Estágio Clínico do 6.º ano - Prof. Doutor Rui Victorino,
Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos - Dr. Pedro Nunes,
Exmo. Sr. Director Clínico do Centro Hospitalar Lisboa Norte – Prof. Doutor Correia da Cunha
Exmos. Sr. Coordenador da Área Cirúrgica do Estágio Clínico do 6.º Ano – Prof. Doutor Paulo Costa,
Exma. Sra. Chefe da Divisão Académica da FML – Dra. Ana Paula Pereira
Membros dos Orgãos da Gestão da FML e demais entidades representadas,
Docentes da FML,
Colegas do 6.º ano,


Muito bom dia a todos!

Não posso deixar de começar esta minha intervenção sem antes cumprimentar todos os colegas que agora chegam ao 6.º ano da FML – confesso já alguma nostalgia precoce dos tempos de faculdade.

Há exactamente um ano estava na vossa posição. Desde então nunca mais vi todos os meus colegas de curso juntos. É certo que não esperava outra coisa, nem tão pouco sei se faria sentido ou se houve contexto para isso acontecer; mas há uma série de memórias que me ocorrem e que me ligam ainda muito a esse lado – os colegas, as aulas, os exames, o estudo, as Noites da Medicina, as Olimpíadas de Medicina, a Benção das Fitas, toda a minha vida associativa na AEFML, na ANEM e na IFMSA; e todas as outras coisas que fazem parte da vida académica, fazendo parte da nossa também!

No fim de tudo isso quase que se faz um médico! Quase: porque como sabem há ainda, depois da licenciatura (para vocês mestrado integrado), alguns meses até ao início da vida profissional com uma prova pelo meio!

Pedem-me para reflectir convosco alguma da minha experiência no 6.º ano e há uma série de tópicos que gostaria de partilhar. Certo que algumas coisas ficarão por dizer, há algumas noções que julgo serem importantes:


1) A Diferença

O 6.º ano marca a diferença por vários aspectos:
a) A ausência de aulas teóricas e exclusividade de trabalho prático
b) O conhecimento in loco da prática efectiva da Medicina
c) A integração do aluno em equipas médicas de trabalho
d) A representação da pessoa doente e na pessoa doente

É todo um quadro que se conjuga na oportunidade de aplicar na prática muitos dos conhecimentos adquiridos, com a suposta supervisão dos respectivos tutores.

Nós próprios temos uma atitude diferente no cuidado com que avaliamos os doentes, discutimos as situações e, acima de tudo, na responsabilidade que sentimos pelos actos que praticamos.

A juntar a isto, tratam-nos de maneira diferente! Não é invulgar sermos abordados pelo pessoal não-médico e pelos doentes ouvindo a expressão “senhores doutores” que ainda não somos, contudo, aos olhos de quem nos chama, essa expressão acarreta muitas vezes a necessidade de respostas que muitas vezes não temos. Representamos de forma diferente daquela que fizemos até aqui, e julgo que nessa nova representação há uma maior proximidade com a realidade. Não tendo autonomia na decisão, somos responsáveis, mais que não seja, connosco próprios, e muitas vezes somos colocados em situações mais constrangedoras por via da ausência, ainda que de curta duração, da figura do tutor – temos de aprender a lidar com isso!


2) Os Estágios

Em rotatividade pré-estabelecida, ao longo do ano, vão frequentar vários estágios:
- Cirurgia Geral
- Ginecologia e Obstetrícia
- Medicina Interna
- Psiquiatria e Saúde Mental
- Medicina Geral e Familiar
- Pediatria

Grosso modo, a apreciação global da organização dos estágios é positiva. Acredito com convicção que esta pode ser a via de uniformização dos 6.º anos a nível das 7 escolas médicas que há muito se discute, e que muitos preconizam.

Mesmo assim, há ainda algumas arestas a limar, a principal das quais diz respeito ao maior volume de informação efectiva sobre os estágios por parte dos tutores no Hospital de Santa Maria, comparativamente com os restantes locais de estágio. Se podermos apontar esse ponto como uma falha, também podemos dizer que, na maioria dos casos, ela quase que fica colmatada por via da disponibilidade e boa-vontade dos tutores; por isso: aproveitem!

Na oportunidade de frequentar diferentes hospitais e centros de saúde, e de participar em enfermaria, consulta, bloco operatório, urgências (externas e internas); em caso de dúvida de vocação específica, que esta experiência vos sirva de primeira grande plataforma de entendimento.


3) A Avaliação

Ao longo do curso, não raras vezes ouvimos dizer que as notas de 6.º ano são sempre muito boas. Não nego que as médias dos estágios são elevadas, mas se tentar questionar o método de avaliação, tenho dificuldade em encontrar outro que melhor se adeque ao padrão em que o Estágio Clínico está construído.

Contudo, tão importante quanto a avaliação numérica é a avaliação pessoal do estágio nas nossas atitudes e valores e na nossa capacidade de raciocinar em Medicina.

Ao longo do estágio tentem ir aferindo os vossos conhecimentos e capacidades, numa relação próxima com o tutor – os tutores estão lá, estão disponíveis, mas se não-estimulados a ajudar-nos, muitas vezes o tempo passa e nós passamos também sem darmos muito bem conta como passámos por lá!


4) O Harrison e o Sahara

Nunca a expressão de Beauvoir fez tanto sentido: “Todas as vitórias ocultam uma abdicação”. Algumas, não muitas, algumas, muitas… são as abdicações que temos de fazer na busca de uma vitória incerta no exame… Até ao exame todas as outras vitórias parecem efémeras: fim do curso – felicidade – estudo, inscrição na Ordem – felicidade – estudo!

Daqui a pouco mais de um mês vou realizar essa prova. Depois de passada perguntem-me se o meu método resultou, quando é que se deve começar a estudar e todas essas coisas… podia dizer mil e uma, mas elas serviriam para uns e não para outros. Contudo, julgo que o segredo está na planificação e na tentativa de ir cumprindo objectivos de estudo a par e passo – mas não exagerem: desde o fim dos estágios até ao exame têm o Sahara para percorrer… e que grande é esse deserto!!!

No fim, e depois de muitas abdicações e de muito trabalho feito, esperamos ter um resultado positivo!


O meu reduzido período de licenciado, que ainda nem se traduziu por uma entrada no mercado de trabalho, não me permite ter aquelas expressões mais saudosas dos tempos de faculdade, mas há uma coisa que tenho a certeza: findos estes 6 anos há imediatamente uma série de sentimentos contraditórios que nos ocorrem – a felicidade por termos terminado e a nostalgia que vos falava ao início! Talvez essa nostalgia inicial se prenda muito com as nossas relações pessoais, mais do que com a instituição em termos de Ensino.

Em todo o caso, feita uma avaliação rápida pelas 7 escolas médicas, que bem conheço por via das funções associativas que tive, estou certo que a FML, apesar de poder oferecer ainda mais e melhor qualidade no seu Ensino, ocupa os lugares cimeiros dessa grelha – o Estágio Clínico Profissionalizante, de que a FML é pioneira, é uma dessas oportunidades ímpares de contacto com a realidade médica porque como dizia Bonaparte: “A capacidade pouco vale sem oportunidade”!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Magalhães



Mais uma vez, a falta de esclarecimento em Portugal por parte das entidades decisoras e de propaganda marca a agenda actual.
Temos largamente ouvido falar da ideia, concepção, distribuição, venda… enfim… tudo aquilo que envolve o afamado Magalhães – o computador, supostamente de origem portuguesa, que tem o nome do navegador português Fernão de Magalhães, que ao serviço dos reis de Espanha cumpriu a primeira viagem de circum-navegação (1519-1522). Contudo, há um misticismo em torno deste pseudo-boom tecnológico em Portugal que é necessário desfazer!

*** Magalhães ***
O Mais Escandaloso Golpe de Propaganda do Ano


(Este slogan fazia parte de um mail que recebi e cuja veracidade fui investigar. O texto que se segue é um misto entre o conteúdo desse mesmo mail e a minha construção.)

Os noticiários têm falado com pompa e circunstância, anunciando o lançamento do “primeiro computador portátil português” - o Magalhães.
A RTP classificou-o como “um projecto português produzido em Portugal”. A SIC refere que é “um produto desenvolvido por empresas nacionais e pela Intel” e que a “concepção é portuguesa e foi desenvolvida no âmbito do Plano Tecnológico”.
Na realidade, o projecto não teve origem em Portugal: já existe desde 2006 e é da responsabilidade da Intel - chama-se Classmate PC e é um laptop de baixo custo destinado ao terceiro mundo, sendo já vendido há algum tempo através da Amazon.
Em todo o caso, quem ouvir as notícias em Portugal, pensa que este é um projecto completamente novo e com origem no nosso país. Há lá maneira melhor de puxar ao orgulho nacionalista sobre a égide Sócrates.
Mesmo assim, o Portugal Diário avança: “Tirando o nome, o logótipo e a capa exterior, tudo o resto é idêntico ao produto que a Intel tem estado a vender em várias partes do mundo desde 2006. Aliás, esta é já a segunda versão do produto.” Há nesta afirmação mais do que a simples reprodução do comunicado de imprensa do Governo.
Será que a ideia é destruir os esforços de Nicholas Negroponte para o OLPC – One Laptop per Child (Um Computador Portátil por Criança). A ideia original do criador do MIT Media Lab era a criação de um portátil de 100 dólares. A Intel foi um dos parceiros até ver o seu concorrente AND ser escolhida como fornecedor, tendo saído do consórcio criando o Classmate PC, que está a tentar impor aos países em desenvolvimento.
Sócrates acaba de aliar-se, sem concurso, à Intel, para destruir o projecto de Nicholas Negroponte. A JP Sá Couto, que ja fazia os Tsunami, tem assim, sem concurso, todo o mercado nacional do Primeiro Ciclo do Ensino Básico.
Um só conceito: Propaganda Terceiro Mundista!

Consultem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicholas_Negroponte#O_PC_de_USD_100.