
Um espaço de espaços onde falo de mim, dos outros, do meu mundo e de nada... Enfim: um espaço onde se fazem espaços para um renovado espaço; onde o tempo passa sem parar e onde consigo parar o tempo! Um espaço onde agora tento relacionar a música comigo e com o mundo - cliquem nos títulos dos posts e oiçam a música relacionada!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Next Life!

domingo, 21 de setembro de 2008
O Regresso às Aulas... (Que Futuro? - A Medicina)

À parte da azáfama das compras de última hora para mais pequenos e mais crescidos, há um destaque particular dado ao acesso da Ensino Superior por parte daqueles que terminaram o Ensino Secundário em Junho passado.
Nada disto é diferente do que vem acontecendo nos últimos anos, e mais uma vez uma série de questões preocupantes afloram na sociedade civil, nomeadamente a da necessidade, utilidade, e mais preocupante ainda, as saídas profissionais de uma série de licenciaturas/mestrados integrados que se ministram nos nossos estabelecimentos de Ensino Superior; e o confronto destes dados com o investimento realizado na melhoria das qualidades de ensino a nível conceptual e estrutural.
Ao longo do meu percurso académico, que recentemente terminou, tive oportunidade de exercer cargos directivos a nível associativo estudantil e de estar presente em muitas discussões deste género – antes, durante e depois, há um conceito-base das reivindicações estudantis que se vai mantendo ao longo dos tempos: continua-se a pedir a melhoria da qualidade do ensino. E não se trata apenas de uma reivindicação tola e desadequada pela falta de originalidade. No meu caso particular – Medicina – parece que a passos distantes as coisas acontecem sem uma convergência e uma orientação clara dos objectivos. Aumentam-se os numerus clausus e mantêm-se o número de docentes e os espaços físicos; reformam-se programas e procede-se à sua aplicação sem discussão adequada e informação oportuna a todas as partes envolventes (docentes e discentes); fazem-se investimentos sob a égide das faculdades que acaba por se consagrar em larga escala a actividade científica, deixando uma pequena fatia para a actividade docente propriamente dita.
Não neguemos hoje aquilo que se construiu ao longo de muitos anos– as faculdades são importantes centros de conhecimento e de actividade científica, particularmente ao nível da Medicina, mas jamais podemos esquecer a real dimensão destas instituições, que existem para formar condignamente os novos profissionais deste país.
Defendo, por isso, que se deve antes tratar do que temos e só depois pensar em alargar o “império” – quero com isto dizer que, no caso particular da Medicina, devemos pensar em reabilitar os espaços e os programas das instituições agora existentes e depois pensar em institutir o curso de Medicina em outras Universidades.
Em tempo de vacas magras, a criação do curso de Medicina na Universidade do Algarve envolveu-se de um imenso show-off próprio de um ano em que se aproximam as eleições legislativas.
Em primeiro lugar, é bom que se diga que Portugal não tem, numericamente falando, falta de médicos – a nossa média por mil habitantes é superior à da União Europeia –; o que temos é médicos mal distribuídos por especialidade e por região.
Em segundo lugar, é bom que se diga com clareza que o curso de Medicina na Universidade do Algarve, à semelhança dos cursos de Medicina da Universidade da Madeira e dos Açores, não fixarão os futuros médicos aí formados nessas regiões. Finda a licenciatura/mestrado integrado, os recém-licenciados submetem-se a um concurso nacional onde são colocados no binómio especialidade-hospital por ordem previamente estabelecida por um exame da Ordem dos Médicos. Também é bom de ressalvar que os alunos que ingressam no curso de Medicina das Universidades da Madeira e dos Açores apenas cumprem aí os três primeiros anos. Os restantes são realizados na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, respectivamente.
Em terceiro lugar, ao contrário daquilo que se fez parecer, o curso de Medicina da Universidade do Algarve não são novas e mais vagas para a vulgar formação de médicos. São antes vagas disponíveis apenas para quem tenha concluído o primeiro ciclo de 3 anos de licenciaturas em ciências relacionadas com a saúde (p.e. Bioquímica, Enfermagem, Ciências da Saúde, entre outros) e com uma formação muito vocacionada à Medicina Geral e Familiar (vulgo, Médico de Família). Questiono-me se no início dessa formação os formandos não terão determinado tipo de conhecimentos em falta e se no fim da formação não terão o pensamento viciado para a escolha da especialidade.
Reforço a ideia de que esta análise não pretende ser uma apologia contra estas medidas, apenas considero fundamental o esclarecimento pela totalidade e julgo que não podemos dar passos maiores do que a perna, neste caso particular, não queiramos formar médicos à pressão apenas porque sim: façamo-lo com pés e cabeça e ponderadamente.
No fim tudo pode correr bem, mas este início atabalhuado e apressado dá-me receio de que a necessidade de populismo se reflicta em má formação médica.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Destino?

Se eu quero fazer determinada coisa e tenho todas as capacidades para tal, o que é que me impede de concretizar? Raios partam a quantidade de pressões e subpressões, e ondas curtas e ondas médias, e o diabo a quatro, que até a não sei quantas centenas de quilómetros de casa me atormentam! Porque é que há tanta coisa à minha volta que inibe a minha capacidade científica e desmaia a minha motivação para a acção?
Alguém me tire esta dor de cabeça…
sábado, 12 de julho de 2008
A colcha das flores cor-de-rosa

A colcha das flores cor-de-rosa é muito fresca, com tons de verde fugido pelo meio, um fundo branco e uns folhos a cair pelos lados.
A colcha das flores cor-de-rosa faz parte de uma síndrome mais complexa dos quartos de antigamente. Além da colcha das flores cor-de-rosa há a mesa com a camilha colocada num canto do quarto onde as fotografias a preto e branco dos filhos e a cores dos netos, em molduras mais ou menos rebuscadas, sobressaem do seu tampo; por cima da janela está uma sanefa, forrada com o mesmo tecido da colcha – flores cor-de-rosa – e dela caem os cortinados brancos lisos e os pendentes com o mesmo tecido da colcha – flores cor-de-rosa. As mesas de cabeceira têm cada uma a fotografia de um dos avós: no lado onde a avó se deita está a fotografia do avô e no lado onde o avô se deita está a fotografia da avó; ambas a preto e branco, quais actores de cinema dos anos 50.
A completar todo este manancial, a minha imaginação só consegue fazê-lo lembrando uma bonita mobília em pau-preto, cheia de torniquetes e pormenores.
Apesar de tudo, aquilo que mais marca nesta tela são as flores cor-de-rosa – qual jardim do Éden em plena Primavera!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Política (há muito tempo atrás...)
Loucura

Assim, tudo é diferente, e farto-me de arrancar cabelos a cada momento malfadado, a cada ocasião menos convergente! Talvez eu próprio tenha uma visão obtusa da realidade e considere que a minha existência deveria ser mais perfeita do que aquilo que é.
O mundo como o vejo é consideravelmente diferente ao mundo visto por qualquer outra pessoa; mas a minha irritação com as pessoas do mundo vai fazer de mim careca, enquanto outros continuarão com um cabelo bem farto!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Vazio!

Uma cor que não se vê e um cheiro que não se sente…
Na minha cabeça há um tormento que me enlouquece ao barulho de uns passos quaisquer no fundo do corredor… E está tudo tão vazio, como se não houvesse portas, nem janelas, nem paredes, nem emoções, nem sensações… Um nada que se descreve quase como a morte que nunca ninguém viu!
E os meus entes que já foram, e os que ficam, eu sei lá…
Na loucura de um pensamento vazio não pode haver loucura nenhuma; mas é por estar vazio que estou louco.
Quero prestar-me a qualquer coisa que me traga lucidez; e não sei o quê!
Alguém que volte para ao pé de mim, que me tire desta loucura e que me encha o pensamento, o coração, o copo e o maço!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
Regresso às Origens?

Mais a mais, nunca na minha vida cingi as minhas acções por objectivos parcos e sem grande relevo; sempre pautei o meu rumo por etapas de grande tirada – e desta vez não queria que fosse uma excepção! Quero com isto dizer que, por gozo pessoal e objectivo de especialidade pré-determinado, gostava de ter uma nota que me deixasse satisfeito! O estudo que fizer e a sorte que me apanhar toldarão essa nota!
Novo factor: a sorte! Sem dúvida que nada se faz sem sorte, sem uma mão que aparece sabe-se lá de onde e que nos (des)ajuda em determinada tarefa – no exame não será diferente!
Agora que a licenciatura está terminada e que os meus dias não têm grandes obrigações resta-me dedicar a esta causa, sem contudo deixar que a minha vida seja dominada por ela para bem da minha sanidade mental. Mas precisava de fugir e viver uns dias só com o livro… Lógico que não podia ficar sem Internet, nem que seja para continuar a escrever neste meu blog e fazer destes minutos o meu acontecimento social do dia!
Vim para longe, para a terra das origens de parte da minha família… Vim passar por sítios onde há 50 anos os meus avós se conheceram… Estou na terra onde a minha mãe nasceu… Que relação terá isso com a paz de espírito que este local me transmite?
Sinto-me bem aqui! O tempo, apesar de beirão, parece alentejano e corre devagar! Os dias estão cheios de qualquer coisa diferente que não há em Lisboa; e neste lugar sinto-me bem! Rio sem pudor quando uma senhora mais velha, mesmo que tenho andado comigo ao colo, me trata por doutor… É verdade que acabei o curso, mas não me sinto doutor; mas aqui na terra a mentalidade é diferente da das grandes cidades, e “se o neto do Sr. Correia acabou Medicina então é doutor e pronto!” – nada os fará mudar de opinião! Mas vim estudar para ser realmente doutor… E é isso que tenho feito todos os dias!
sábado, 5 de julho de 2008
Por aí...

Um calhamaço atrás de mim… Português, Inglês e Medicina!
Em Novembro tenho o exame da Ordem e até lá estou por aí, mas não desapareci!
Não desapareçam vocês também!
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Orgulho…
Quis curtir em grande cada momento e cada sabor pequenino da sensação espectacular de terminar a minha licenciatura… Terminei Medicina! De repente, em cada telefonema, viro o orgulho da família, o mais-que-tudo da namorada, mereço um abraço forte dos amigos, algumas ofertas, um jantar… Por cada segundo desse dia vivo 6 anos de formação…
E no dia seguinte? No dia seguinte o dia é igual a todos os outros: a Prova Nacional de Seriação espera por mim em Novembro e eu continuo a estudar como todos os dias…
terça-feira, 6 de maio de 2008
Fumo branco... ou fumo negro?

domingo, 4 de maio de 2008
Há mais Mundo para além da Medicina?

Escrever sobre qualquer coisa não é tarefa fácil…
No amadorismo que envolve esta minha experiência julgo fazer aquilo que sei da melhor maneira possível, pese embora o facto de muitas vezes a minha melhor maneira ser classificada pela negativa!
Por esse motivo, muitas vezes, adopto a defesa de me ausentar do meu próprio blog durante algum tempo, como se o deixasse desfalecer para depois aparecer com uma nova pujança!
Em todo o caso, essa sensação de não-aptidão temporária para a escrita tem um motivo bem palpável, e é sobre ele que me proponho falar!
Costumo dizer que ser estudante de Medicina não é nem mais fácil nem mais difícil do que ser estudante de outro curso qualquer! Todos os cursos superiores, cada um nas suas vertentes, têm componentes mais acessíveis e outras menos acessíveis; sendo que essa acessibilidade se relaciona em larga escala com o indivíduo em si e a sua capacidade de trabalho e reacção. Contudo, ser estudante de Medicina é estudar matérias com densidades pesadas – e aqui consigo afirmar que Medicina é um dos cursos mais trabalhosos que conheço.
Longe de mim querer lamuriar-me pelo curso que escolhi – ainda para mais agora, que estou a pouco mais de 2 meses de o concluir. Longe de mim querer que tenham pena de mim porque optei por Medicina em detrimento de Economia ou de Engenharia Química (é verdade, nunca fui muito certo nas horas e as minhas opções eram muito vastas e díspares).
Este conjunto de frases não pretende ser mais do que um desabafo global da minha situação actual e do real desleixo da nossa sociedade, em particular do Estado português, para com os estudantes de Medicina.
Na Educação Médica, como de resto numa série de outros sectores do Ensino Superior em Portugal, há uma falha muito grande de comunicação/informação das entidades decisoras para com os alunos. No fundo, como já tive oportunidade de afirmar neste blog, os estudantes são a razão de ser de qualquer instituição de Ensino e é para eles que se deve centrar a acção e o pensamento dos outros envolventes no processo educativo, ou se preferirem, no processo de ensino-aprendizagem. Foi sempre este o meu lema enquanto agente representativo dos meus pares.
Presentemente, neste ano de 2008, passamos por um processo caricato – Portugal tem hoje 7 faculdades/escolas médicas com alunos que terminam a sua formação médica pré-graduada, que teve início em 2002, mas disparidades e contra-sensos não faltam para serem apreciados:
1. Das 7 faculdades/escolas médicas alguns alunos sairão licenciados, outros mestrados, outros com opção por um ou outro grau académico dependendo da realização de um trabalho/dissertação – bem, no fundo o que quero transmitir é a disparidade de critérios, mais a mais quando à partida todos seremos médicos com o mesmo número de anos de formação, todos concorremos a este jogo conhecendo as regras, e a meio do jogo as regras foram alteradas para uns e mantidas para outros – Bolonha podia ter vindo de forma uniforme, ou não podia? Por outro lado questiono-me das implicações práticas de se ser, em 2008, licenciado em Medicina ou portador do grau de mestre em Medicina…
2. Por outro lado, velha é a discussão da realização de um Exame Final de 6.º ano (ou da realização de provas práticas/teóricas ao longo do 6.º ano) que, no entender da maioria, pretende ser um ano de participação num Estágio Clínico eminentemente prático, de aplicação de conhecimentos e consolidação de matérias – umas faculdades/escolas médicas têm direito à não realização de tais provas, outras têm direito à sua realização. Não se trata de apelar ao facilitismo, nem tão pouco à quase “passagem administrativa”, mas antes apelar à uniformização de critérios tendo por base os mais altos padrões internacionais de Educação Médica e aquela que é a experiência nacional na formação de jovens médicos. Questiono a utilidade de tal exame…
3. A Prova Nacional de Seriação (vulgo, Exame de Acesso à Especialidade) irá acontecer este ano nos velhos moldes a que nos habituámos: questões de escolha múltipla baseadas no célebre tratado Harrison’s – Principles of Internal Medicine. O ano passado, a prova realizou-se a 29 de Novembro com publicação da data da prova em Diário da República a 15 de Outubro – este ano não queremos o mesmo. Bem sabemos que a lei não obriga à publicação da data com antecedência de meses, mas dizem as regras de bom-senso que o estudo para um exame com as características do descrito exige tempo, dedicação, ponderação e paz de espírito; sendo que a afirmação de que o exame se realizará no último trimestre do ano não é 100% tranquilizadora (de 1 de Outubro a 31 de Dezembro é muito tempo). Mais: com a saída da nova edição do tratado este ano, corre a indefinição de qual será a edição adoptada para exame – as diferenças entre elas são substanciais, e a própria editora McGraw-Hill afirma que esta nova edição é a edição com mais alterações de sempre. A maioria dos alunos já iniciou o seu estudo há alguns meses pela anterior edição – em que patamar ficamos? Para quando uma explicação global de critérios e modos de acção?
Outra pergunta pertinente e bem mais lata, seria questionar a real utilidade deste exame… Não haverá outra forma de seriar os candidatos às especialidades, imprimindo a mesma forma uma ordem de escolha? Não será este exame uma negação por parte do Estado e da Ordem dos Médicos à qualidade da formação nas nossas faculdades/escolas médicas?
Muito mais haveria para dissertar sobre Educação Médica. As questões são inúmeras, as incertezas uma constante.
Pese embora tudo isto, há da parte de quem estuda, a real vontade de estudar e de ser bom médico.
Pretendo apenas ter apelado ao bom-senso, e com todos estes anseios justificar a minha ausência do meu próprio blog.
No fundo: há sempre mais Mundo para além da Medicina!!!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Daniel
Temos quatro anos de diferença mas muita coisa em comum: a começar pela família, pelo apelido e pela casa! Somos irmãos e conheço-te desde sempre!
Não posso negar que tenho um orgulho escondido em teres entrado no mesmo curso que eu, e não posso deixar de acreditar que tive uma ponta de influência nisso. No final deste ano sou médico, daqui a uns anos tu também serás.
Não posso negar que te invejei quando soube que ias estudar para o estrangeiro, libertares-te das amarras da família muito mais cedo que eu, mas bem sei que a tristeza de estar longe de quem se gosta, em nós que somos pessoas agarradas ao que temos, custa muito e sabe a amargo! No fundo toda a magia que se possa fazer em torno disso tem uma ponta de ilusão, mas sempre vais recarregando baterias quando voltas a casa e encontras a família e os amigos.
Todos por aqui, todos os dias, nos lembramos de ti! Não há ninguém que não te elogie, que não fale de ti com orgulho e que não tenha saudades tuas! Mas mais que isso, todos nós acreditamos em ti e confiamos na tua capacidade de gerires a tua vida longe de nós e com o nosso apoio!
Sempre vão dizendo que somos parecidos, mas eu acho não! Somos irmãos mas somos muito diferentes. Acredito que não seria capaz de passar pela experiência que tu neste momento tens com a força com que a estás a viver. Cada vez que agora olho para ti, sempre que vens até casa, olho para ti com aquela sensação de orgulho especial.
Puto, que tenhas toda a sorte do mundo! Irei concerteza visitar-te algumas vezes – até porque acho que esta distância de tantos quilómetros nos aproximou de outra forma!
Ah… e nunca te esqueças que quando voltares de vez há uma Clíncia Correia Azevedo para abrir! ;)
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Acontece que queria ter tempo…

Acontece que queria ter tempo para pensar, e não penso em metade do que quero pensar porque penso demais na outra metade.
Acontece que queria ter tempo de correr para os teus braços, e penso que isso não se faz nem de tempo nem de pensamento, mas é intemporal e às vezes psicótico.
Acontece que queria ter tempo para estar com todos vocês, e penso tantas vezes como gerir todo esse tempo para o conseguir, e não consigo.
Não sei se o defeito é meu ou do tempo. Acho que ainda não assimilei de todo algumas mudanças pelas quais as fases da vida nos obrigam a passar.
Longe o poeta dizia,
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o Ser, muda-se a confiança
Todo o Mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades”
E que qualidades adquiri eu? Que vontades novas tenho?
Só quero ter tempo: o tempo que sempre tive e que sempre consegui gerir! Eu era o às do tempo! Driblava com o tempo nas minhas mãos… e fazia o que queria… cheirava o tempo… tocava o tempo… os ponteiros do relógio era eu que os fazia…
Ou então não!... Se calhar eu é que não ocupava tanto tempo com aquilo que do tempo corria.
Sei lá! Só queria mesmo era ter tempo de olhar nos teus olhos, de rir com todos vocês, de sorrir a que merece, e de escrever… Escrever muito… Sobre aquilo que ao tempo o tempo me deixasse escrever!
A minha vida não é assim tão má, o problema é que não tenho tempo! Quer dizer: tenho tempo para fazer alguma coisa, não faço é tudo o que quero. Será que quero fazer coisas a mais?
Mas eu não sei estar parado e deixar-me ver os outros mexer… Não, não é isso: não quero ser mais ou melhor que os outros – só quero perpetuar a minha dinâmica… Mas depois acabo por me dispersar.
E depois aquela maldita coisa electrónica onde metodicamente tento encaixar, em horas certas e cheias de tudo, aquilo que tenho para fazer! E não faço tudo. Quer dizer: faço algumas coisas – outras deixo a meio, outras invento que faço e outras não faço de todo. Mas não é por mal! Eu até gosto do que faço, e até do que acabo por não fazer!
De tempo se faz ao tempo aquilo que do tempo depende. No fundo, tudo depende do tempo e todos dependemos dele.
É tempo de terminar!
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Política Simples



quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Crescer...

Liderança

- na adolescência (e em)
- situações-limite
No fundo, acontece que na adolescência construímos a personalidade que podemos, sempre de lápis e borracha em punho, prontos a ser alvo de mais uma influência que nos faz repensar a cristalização das nossas atitudes. Nas situações-limite aprendemos de novo a viver, renovados pela falta que nos faz aquilo que deixámos de ter ou de poder fazer. Sempre que sofremos um desaire, qualquer que seja o nível a que ele ocorra, repensamos e revivemos todas as nossas acções, normalmente preenchidos pelo desejo de as alterar, na ilusão de que assim poderíamos alterar o passado.
Com as instituições, e porque elas são feitas por pessoas, e é das pessoas que elas vivem, as águas não correm de maneira diferente – embora o fundamento seja distinto.
Ser social-democrata pode e deve ser um lema de vida a que os militantes se devem agarrar.
Ser social-democrata é ter a capacidade de aceitar e defender princípios que são nossos e que se traduzem em propostas e em modos de acção.
Mas tudo isto só faz sentido em torno de uma liderança que se quer forte, presente e até certo ponto, idolatrável.
A figura de alguém com quem nos identifiquemos, que tenha a pujança de ser identificado como a cara do partido, e que tenha a capacidade de transmitir os princípios fundamentais da social-democracia sob a forma de acções que se querem credíveis e sustentadas. Só assim prevenimos as crises de identidade e de desaire interno que podem levar o PSD a situações-limite.
No partido, como na JSD, como nos TSD e em outras estruturas sociais-democratas queremos alguém à volta de quem nos sintamos bem quando sobre ele estamos reunidos.
A escolha que faremos no próximo dia 28 de Setembro é uma escolha para o futuro.. 2009 é a única meta possível e o futuro presidente do PSD só pode ser o futuro candidato a Primeiro-Ministro.
Hoje, Portugal vive uma situação governamental insustentável, plena de atitudes que não dignificam o país nem os portugueses.
Os três pilares fundamentais do Estado passaram (ou estão a passar) por reformas que enfraquecem a qualidade dos serviços e descredibilizam o Estado aos olhos do contribuinte – falo da Educação, da Justiça e da Saúde.
Somado a isso, o Governo assumiu nos últimos tempos uma atitude PIDEsca e um desrespeito completo por áreas urbanas e rurais, em particular ao sul do Tejo.
Presentemente, enquanto escrevo, temos o Primeiro-Ministro preocupado com a Presidência da União Europeia, esquecendo por completo a real dimensão dos problemas do nosso país – Portugal também é Europa, mas pode e deve ser muito mais que isso.
O PSD deve pensar Portugal, mas só o conseguirá depois de se organizar internamente! O combate político urge, e os portugueses precisam de ser informados da verdade!
Sejamos uma oposição forte e responsável agora para sermos Governo em 2009! Mereçamos e façamos por mostrar que merecemos o Governo de Portugal!
A história e os números estão aí para não nos deixar mentir – Portugal teve os maiores índices de progresso com os governos de que o PSD fez parte – como foi no passado, assim há-de ser a partir de 2009.
Com confiança e com determinação o PSD é a alternativa certa!
No próximo dia 28 de Setembro de 2007 vote em consciência e escolha o próximo presidente do Partido Social Democrata.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Não posso!

Acordei, saí da cama, arranjei-me…
Tomei o pequeno-almoço de sempre: um copo de leite e uma sandes de queijo. Vesti o casaco, despedi-me dos meus pais e saí de casa. Bati a porta, chamei o elevador e desci com ele. Saí do prédio, entrei no meu carro e dirigi até à faculdade! O trânsito da ponte, o stress à procura de um lugar…
Estacionei o carro bem longe e cheguei atrasado às aulas!
Mais uma história clínica, mais uma discussão diagnóstica… Mais um esquema, sempre igual, daquilo que chamam ensino!
Almocei com os de sempre, a companhia de sempre… Voltei à faculdade, esperei por ti, e no fim… No fim fui eu que não pude ir ter contigo!
Mais um pedido, mais uma chamada, uma mensagem… E mais qualquer coisa que apareceu para me ocupar…
Logo à noite? Também eu queria, mas também não posso…
Sei lá se me sinto frustrado! Queria estar contigo e pronto! Bem sei que amanhã nos vamos ver, mas eu queria hoje! Agora! Porquê? Não sei… Fazes-me bem!